ATLANTES, SUÁSTICA & O SEGREDO DOS ÁRIAS

29/05/2015 09:18

 

 

 

A "raça branca" ou - melhor dizendo - a etnia dos povos brancos primitivos, de forma deliberada, eliminou de sua cultura, sua religião ancestral adaptando-se às crenças hindus em uma remota época de migração situada em torno do Terceiro Milênio a.C.. A religião ariana original foi praticada na Europa pré-histórica milênios antes do advento do Cristianismo.



Como resultado, os arianos do mundo perderam seu caminho espiritual e, nesse processo, perdeu-se também a origem e o verdadeiro significado de um dos seus símbolos mais significativos, hoje maldito, pelo uso que dele foi feito pelos senhores da Guerra nazista, hoje banido da cultura ocidental: a Cruz Suástica.


A Suástica, em um antigo disco de ouro da Grécia datado do século 8 a.C.. Otagon Museum.

O hinduísmo dos Mestres sacerdotes brâmanes não nasceu na Índia. Seus elevados conceitos espirituais, como a eternidade da alma (ou vida eterna), reencarnação, carma, o Terceiro Olho, a busca do estado (de ser e estar) em Nirvana, as práticas esotéricas do Ioga são uma tradição cuja origem européia perdeu-se.

O que hoje são consideradas idéias e práticas orientais, teriam, de fato, nascido muito mais ao norte e oeste do território indiano. Esse é um fato constatado ao longo de exaustivos estudos históricos, antropológicos, arqueológicos e lingüísticos. Curiosamente, a partir da segunda metade do século XIX (anos 1800), os europeus vêm aderindo (ou retomando) essas tradições cada vez mais intensamente.

A INVASÃO ARIANA NA ÍNDIA



As hordas de migrantes arianos, formadas por diferentes nações, em direção ao Planalto Iraniano e à Índia, em seu movimento iniciado há mais de 5 mil anos, começando pela linha azul, partindo do oeste europeu até alcançar o norte da Índia.


OS ARIANOS

A ideologia nazista fez mais de um desserviço á humanidade. Um deles foi difundir à idéia historicamente e antropologicamente errada de que existe uma Raça Ariana com características físicas extremamente específicas: pessoas louras,altas, de olhos azuis; e  ̶  pior, de esta é uma raça de seres humanos superiores, seja intelectualmente, espiritualmente ou biologicamente, geneticamente de modo geral - a todos aqueles que não apresentem esses traços.

É uma idéia equivocada. Um erro acadêmico mesmo. O termo "ariano" tem, muitos significados que foram sendo agregados à palavra ao longo de milênios. Para os indianos nativos, é popularmente entendido como pessoa branca. Refere-se aos povos brancos antigos que deixaram a Europa Ocidental rumo ao Oriente.
Entre os próprios arianos, tornou-se sinônimo de nobre. Em sua interpretação latina, é explicado como relativo à uma região, associado a termos gregos e relacionado à antiga Pérsia, atual Iran. Porém, estudos indicam que a origem do vocábulo é mais recuada no tempo e pertence a uma língua a arcaica: o sânscrito.

A palavra ariano tem origem no latim ariānus (ariāna, ariānum), referindo-se à região da Ária. Esta região, designada por Arīa ou Ariāna em latim, corresponderia à parte ocidental da Pérsia ou da Ásia, e deve o seu nome à adaptação dos termos gregos Areía ou Aría que, por sua vez, remontam aos radicais persas ariya - ou ao avéstico airya - que se referem a povos invasores e dominantes que mantinham, contudo, solidariedade étnica em relação aos povos dominados, considerados "bárbaros".
A forma Aryāna-, do Persa Antigo aparece depois em avéstico como Æryānam Väejāh ("Território dos arianos"); em Persa médio como Ērān, e no Persa Moderno como Īrān, que deu origem, em português, a Irão ou Irã. De modo semelhante, a Índia setentrional já foi designada em tempos antigos pelo vocábulo composto (tatpurusa) Aryavarta "Arya-residência". (WIKIPEDIA)

Ou seja, o ariano era o estrangeiro em relação aos povos nativos do extremo-leste europeu e Índia. Evidentemente, esse significado implica o fato de que os povos nativos deste extremo leste europeu e, especialmente, mais ao oriente, os indianos, possuíam um tom de pele mais escuro. Esse povo, a etnia mais antiga do Índia, eram os chamado Drávidas.
Eram morenos, tal como são ainda hoje. Um tipo físico que se preservou da miscigenação indiscriminada em virtude do rígido sistema de social de divisão da população em castas, sistema esse, imposto pelos invasores arianos com fundamento em argumentação religiosa relacionada à uma maliciosa interpretação da Lei do Carma.

Esse ensinamento religioso foi introduzido na Índia pelos migrantes brancos unicamente, que dele fizeram um dogma, como uma verdade antropogênica revelada, para assegurar sua supremacia política e econômica na região.
Os arianos impuseram-se, é verdade, inicialmente, pela força das armas e - em um segundo momento, porque tinham vantagem em termos de conhecimentos técnicos e científicos importantes para o desenvolvimento de uma civilização mais avançada, fosse na esfera da produção de alimentos, do pastoreio, metalurgia e mesmo na religião etc..
Isso, porém, não significa que fossem geneticamente superiores; antes, pela força da necessidade, posto que não migraram sem motivo, por pressão das exigências do ambiente inóspito de onde vieram, (tais como: o frio extremo e um território agitado por violentos conflitos tribais) ̶ esses povos desenvolveram  "artes", técnicas, habilidades outras desconhecidas dos nativos indianos.

SÂNSCRITO, LÍNGUA-MÃE DA EUROPA


Uma das mais evidentes provas acadêmicas, em termos de comprovação histórica, da antiguidade da Invasão Ariana no território que hoje é a Índia foi apresentada pelo filólogo inglês Sir William William Jones (1746-1794) que identificou, pela primeira vez as semelhanças entre a língua indiana, hoje - considerada uma "língua morta", o Sânscrito - e as mais modernas línguas faladas na Europa incluindo o latim, o grego, o germânico, o celta, as línguas eslavas e mesmo o inglês atual.

Estudos apurados mostraram que o Sânscrito era, de fato, a língua-mãe de todas aquelas outras que floresciam na Europa no período final da Antiguidade e na Idade Média. Hoje, estas línguas são chamadas de Indo-européias justamente por causa dessa origem oriental, o Sânscrito.

Também as línguas avesta (iraniano) e armênio são derivadas do Sâncrito. Na verdade, o Sânscrito percorreu um longo caminho, saindo da Europa, chegando ao subcontinente Indiano e retornando à Europa milênios depois em um movimento de migração reverso.


O termo ariano, muitas vezes explicado como uma palavra de origem latina, provém do Sâncrito-védico e da língua persa (o avestan) e foi utilizado com o significado de "nobre".

À medida em que se estabeleciam em territórios mais ao leste, as tribos européias migrantes chamaram seus novos domínios Aarya Varta ou"expansão ariana". No Pérsia, essas terras conquistadas foram chamadasAirynem Vaejah, também com o significado de expansão ariana e, atualmente, o nome do país, Iran - é uma variante do vocábulo ariano.


No Ocidente, a descendência ariana da população iraniana é quase sempre ignorada, ofuscada pela presença árabe, muito posterior e pela adoção da religião islâmica, que substituiu e mesmo, proscreveu a religião tradicional daquela nação, o Zoroastrismo.


Herótodo, historiador grego do século V a.C., descrevendo os persas (iranianos), escreveu: Nos tempos antigos ... eles eram conhecidos como Arianos entre si e os seus vizinhos...

No século VI a.C., o famoso rei Dario, o Grande ̶ pai de Xerxes, em inscrições que mandou gravar em lugares como em Nassq-e-Rostam, Susa e Persépolis onde diz: Eu sou Dario, o Grande rei... Um persa, filho de um persa, um ariano, pertencente à [ou raça] linhagem ariana.


      
A Bela de Loulan. Múmia datada entre 3000 e 4000 anos atrás. Uma mulher indo-européia com características arianas. A análise genética indica que era ruiva. Foi encontrada em Tien Shan, montanhas a noroeste da China (na Eurásia, portanto). Pertenceu a uma tribo proto-ariana ou, à nação chamada proto-celta.



Jovens de Mazandaran, norte do Iran.  IN IRANDokht.

Atualmente, cerca de dois terços da população do Iran é descrita como "brancos", descendentes de antigas tribos arianas, provenientes da Europa e Eurásia que chegaram ao Iran.

Parte dessas nações, ali estabeleceram-se. Outros grupos, continuaram a jornada para a Índia e, ainda, outras tribos, ou permaneceram no leste Europeu na região dos Balcãs ou retornaram mais ao ocidente. Apenas um terço dos iranianos pertence a etnias turca e árabe.


O Xás da Pérsia, governantes que precederam a liderança dos atuais Aiatolás muçulmanos, tinham o título de Arya-Mehr, que significa Luz dos Arianos. Uma antiga tradição persa e que sobrevive no Iran da época atual ainda respeita o sistema de castas e boa parte da evita ou mesmo proíbe os casamentos interraciais ou seja, iranianos que identificam-se como arianos continuam praticando a lei de não promover ou não permitir uniões matrimoniais com não-arianos.


O filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1832) acreditava que a descoberta lingüística de W. Jones era...uma prova da migração... dos arianos antigos. 
O norueguês Christian Lassen, sanscritista (1800-1876) lembra que as castas mais nobres ou privilegiadas da Índia (como os brâmanes), mesmo na contemporaneidade, têm a pele mais clara.

O alemão, lexicógrafo Jacob Grimm (1785-1863), que compilou os antigos mitos arianos reunidos nos conhecidos Contos de Grimm (como A Bela Adormecida, Cinderela e Rapunzel, por exemplo) têm suas respectivas e muito antigas versões indianas, um fato hoje plenamente conhecido por muitos estudiosos da mitologia dos chamados "contos de fadas" que, por muito tempo, acreditou-se, serem essencialmente típicos da Europa.

No século XIX (anos de 1800), o filólogo e orientalista alemão Max Muller (1823-1900) escreveu:


As nações arianas do noroeste da Ásia e Europa [ao longo da história foram] as mais importantes 
[em termos culturais]... Elas aperfeiçoaram a sociedade e a moral... [Isso evidencia-se com o 
estudo de] ...sua literatura, arte, ciências, princípios de filosofia. estas nações arianas 
tornaram-se tornaram-se governantes da História e parece ser sua missão integrar todas as 
partes do mundo através dos princípios da Civilização.


Ainda no século XIX, os britânicos utilizaram essas idéias para justificar, politicamente [e moralmente] sua ocupação e domínio colonial na Índia que começou bem antes, em torno dos anos de 1600 e terminou em 1947.

Vários historiadores e outros acadêmicos localizaram a origem [mais antiga] dos arianos nas montanhas do Cáucaso, que são uma espécie de fronteira natural entre a Europa e a Ásia [de limitando uma região à qual denominaram Eurásia]. Foi a partir dessa idéia que o antropólogo alemão Johann Friedrich Blumenbach (1752-1840) passou a usar o termo caucasiano para se referir ao tipo humano hoje chamado de ariano.


O DILÚVIO ATLANTE

Alguns estudiosos rastrearam a trajetória dos arianos desde o leste do Cáucaso chegando até o Tibete, o lugar conhecido como "teto do Mundo", a cordilheira Himalaia.

De acordo com estes estudos formulou-se a teoria de que que estes povos foram refugiados Atlantes, sobreviventes do Dilúvio que destruiu a Civilização de Atlântida e encontraram segurança na migração nas altas montanhas tibetanas onde, mantiveram-se seguros por muitas gerações.

Essa idéia implica considerar os arianos como descendentes diretos do Atlantes, (a chamada Quarta Humanidade ou Quarta Raça Humana segundo o esoterismo teosófico). O filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), descrevendo o Tibete, escreveu:


...este [o Tibete] é país mais alto do mundo [geograficamente] e foi habitado antes de qualquer 
outro. Poderia até mesmo ter sido o local de [origem] toda a Criação [refere-se à Antropogênese] e 
de toda a ciência. A cultura dos indianos, como se sabe, veio do Tibete assim como, todas 
as nossas artes como a agricultura, a matemática,o jogo de xadrez etc., parecem ter vindo da Índia.


O austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), filósofo, estudioso de literatura, arquiteto, educador teósofo dissidente e fundador da Antroposofia, escreveu em Cosmic Memory: A maior parte da população atlante [sobrevivente] decaiu e hoje, somente uma pequena parte [da Humanidade] é descendente [direta, pura ou quase-pura] dos chamados arianos, que constituem, hoje em dia, a Humanidade civilizada.

Evidentemente, teorias como essa serviram de fundamento ideológico para a política racista e genocida da política, antropologia e sociologia Nazista e este é o motivo pelo qual a Cruz Suástica foi adotada como símbolo maior dos nacionalistas extremistas alemães que desencadearam a Segunda Guerra Mundial alegando, entre outros argumentos, sua superioridade biológica, natural ou racial sobre as etnias outras que habitam o planeta.


PIRÂMIDES

O filósofo grego Platão (século IV a.C.), autor de um dos mais antigos registros sobre os Atlantes da cultura Ocidental, em suas obras Timeu e Crítias, descreveu a Atlântida como um império sofisticado. Antediluviana, aquela civilização que se manteve dominante no mundo durante Eras, desapareceu quando seu último grande território [a ilha-continente Poseidonis], sede do império Atlante, submergiu no meio do oceano Atlântico em virtude de uma catástrofe geológica.

Platão afirma que os Atlantes [sobre os quais tomou conhecimento através de uma herança cultural de origem egípcia] - possuíam uma sabedoria e uma religião extremamente espiritualizada que lhes permitia "ver" sua divina e eterna alma, seu verdadeiro Eu Superior no corpo físico. Isso tornava os atlantes detentores de poderes, sentidos, percepções faculdades superiores [comparáveis ao poder dos deuses]. Segundo Platão:


Por muitas gerações... eles às leis e amaram o divino [o aspecto divino do ser e, por isso, 
assemelhavam-se a seres divinos]... Eles consideravam as qualidades de caráter muito mais 
importantes que a prosperidade material. Assim, conviviam com suas riquezas e posses com o 
ânimo leve e não deixavam o alto padrão de vida corrompe-los ou fazê-los perder o 
autocontrole... Mas quando a natureza divina, neles, enfraqueceu... os traços humanos tornaram-se 
predominantes e eles perderam a virtude da moderação.


Em Crítias, Platão conta que o fim da Atlântida tinha ocorrido há mais de nove mil anos antes de sua época [dele, Platão], quando uma série de desastres naturais afundou seu continente [sede do Império que localizava-se na saída do Mar Mediterrâneo].

Os sobreviventes, dispersaram-se dirigido-se para diferentes partes do mundo, seguindo rotas marítimas e terrestres. Para lugares distantes levaram uma marca de sua religiosa e científica de sua civilização, as pirâmides. Hoje, muitos pesquisadores acreditam que as civilizações da Antiguidade, separadas no tempo e no espaço têm, nas pirâmides, a lembrança remota compartilhada de sua cultura-mãe, a herança Atlante.

SUÁSTICA

A rota de migração  da suástica, um processo que começou há 3 mil anos a.C.. Um fato histórico, portanto, de cinco mil anos segundo estudo da Yale University, 1898


Mas, as pirâmides não são o único elemento cultural legado pelos misteriosos Atlantes. Um antigo símbolo, ainda mais antigo 
que a Civilização Atlante, atravessou mais que centenas de milênios e tendo sua origem recuada em milhões de anos, 
permaneceu sendo adotado por mais de uma Humanidade chegando ao século XX quando, finalmente, sua imagem caiu em 
desgraça, pela apropriação indevida que dele fizeram os Nazistas em sua desenfreada loucura ideológica que resultou  na   Segunda Guerra Mundial.                                             

 

   

Pente feito de osso, decorado com a suástica. Em Sondenborg, Dinamarca ̶  culturaNydam, datado entre 200 e 400 a.C..
                                  

A Cruz Suástica pertence a uma simbologia que remonta à origem do Universo muito antes de ser um emblema associado aos 
seguidores do arianismo alemão concebido por um punhado de filósofos e cientistas austríacos-germânicos que 
pretenderam dominar o mundo liderados pela figura insana e inexplicável de Adolf Hitler.
Os nazistas quiseram "purificar" a Humanidade atual preservando um tipo físico que consideravam como representante de uma Raça superior.

O método de purificação escolhido foi mais rápido, prático e cruel que se pode conceber: perseguição, captura e genocídio de todas as populações 

pertencentes às supostas outras "raças" (semitas e negros, mais especificamente).
    

 Pingente etrusco, Ilha de Creta - datado entre 700 e 650 a.C..  





 Espanha: Cerâmica da região de Numancia, de origem celta, com datação situada entre os séculos I e II a.C..

 

 



Durante muitos anos a cruz suástica foi considerada um símbolo característico do antigo hinduísmo. Todavia, seu caráter de patrimônio cultural da Humanidade começou a ser revelado com o desenvolvimento da ciência da Arqueologia quando a imagem começou a aparecer em numeroso objetos e edificações em ruínas neolíticas européias e, ainda, no Oriente Médio, China, Japão e América pré-colombiana.

A descoberta, surpreendente, levou muitos estudiosos a pensar que uma forma de hinduísmo primitivo teria sido praticada na pré-história dos povos europeus implicando que aquelas nações, tão antigas,  já tinham desenvolvido idéias religiosas sofisticadas como o conceito da eternidade da alma, da Lei do Carma e, portanto, reencarnação, da existência de um Terceiro Olho (visão metafísica) e de um estado alterado de consciência, o Nirvana, que podia ser alcançado por meio da prática do Ioga.

SUÁSTICA & A DIÁSPORA ATLANTE NO MUNDO

Os Nazistas usaram as descobertas arqueológicas e, também, os impressionantes textos da Antropogênese segundo a Doutrina Secreta, adotada pelo esoterismo o teosófico e divulgada na obra da ocultista Helena Petrovna Blavatsky para estabelecer uma especial ligação entre a cruz suástica, a mítica Raça ou civilização Atlante e a doutrina da superioridade da "raça branca pura"ou ariana.

Todavia, como ocorre freqüentemente, o que os ideólogos do nazismo fizeram foi recortar, isolar trechos, segmentos dessas fontes de conhecimento para compor a teoria que lhes convinha. Fizeram o mesmo, interpretando de acordo com seus interesses, partes dos escritos de Nietzsche ou da música grandiosa de Wagner, por exemplo. Porém, os conhecedores das obras, na íntegra, desses intelectuais e artistas não se deixam enganar facilmente e percebem com clareza a mutilação, o desvio malicioso das idéias contidas naquelas obras.



Pintura Rupestre: A suástica na rocha ao lado do sol e da lua, no Tibet. O achado é datado entre 1300 e 600 a.c., situado na chamada Idade do Ferro.
FONTE: www.tibetarchaeology.com

Os teóricos do arianismo-Atlante-nazista enfatizam os achados arqueológicos de representações da suástica no Tibete, mostram esses achados como prova de que os Atlantes refugiaram-se no "Teto do Mundo" porém  ̶  calam quando se trata de explicar a aparição do mesmo símbolo em praticamente todas as culturas antigas di planeta.

Omitem, igualmente, que de acordo com a Teosofia, civilização Atlante, chamada de Quarta Raça Humana, existiu, em seu auge, a 18 milhões de anos, conforme a cronologia dos brâmanes. Tal civilização não desapareceu em um só momento histórico, mas ao longo de numerosos episódios catastróficos que foram, lentamente, destruindo seu esplendor.


O último núcleo Atlante do qual se têm um registro através dos textos Crítias e Timeo, do filósofo grego Platão (423/427?-348/347 a.C,), localizava-se onde hoje está situado o chamado mar dos Sargaços, no Atlântico Norte e  ̶  embora a narrativa de Platão informe que a submersão da última grande ilha Atlante, a gigantesca Poseidonis, tenha ocorrido entre um dia e uma noite 9 mil anos antes da época em que seu avô, Sólon, relatou-lhe o episódio (que foi transmitido, a Sólon [638-558 a.C.], por sacerdotes egípcios), os esotéricos teósofos consideram que a data foi mascarada ou mal interpretada pelos tradutores e, na verdade, o fim da Quarta Raça teria ocorrido há 9 milhões de anos em virtude de uma violenta convulsão oceânica. Escreve Platão:

...existia uma ilha situada em frente ao estreito [estreito de Gibraltar] que vocês denominam Colunas de Hércules. A ilha era maior que a Líbia e a Ásia juntas e era o caminho para outras ilhas através das quais era possível atravessar e chegar ao outro lado do continente que era cercado pelo verdadeiro oceano... (IN Plato's History of Atlantis, cap II de Atlantis, The Andiluvian Worldde Ignatius Donnelly)

Os estudiosos concordam que os Atlantes sobreviventes da catástrofe final dispersaram-se em diferentes direções, tomaram diferentes rumos, alcançando terras européias e asiáticas à leste mas, também, navegando, para o Ocidente, rumo às Américas.

Alguns percorreram uma jornada mais longa, chegando à América do Sul na costa do Chile e portanto, atravessando toda a vastidão do oceano Pacífico, uma proeza muito possível para grupos de sobreviventes que deixaram sua terra natal em meio ao desespero mas que sempre foram, por vocação, homens do mar, filhos de um grande império marítimo, conhecedores das artes da navegação.

Sendo assim, fica mais fácil entender a uniformidade de certos elementos culturais que aparecem em lugares e culturas tão diferentes em todo o mundo. Elementos  como a arquitetura das pirâmides e, entre outros símbolos, a cruz Suástica que, nesse contexto, pode ser entendida como um "símbolo Atlante".

Isso porém não elimina a idéia, também defendida pelos teósofos, de que a Suástica é anterior aos Atlantes tendo sido conhecida por seus antecessores, os lemurianos e que, recuando ainda mais na Antropogênese, pode-se considerar a Suástica como uma herança do conhecimento superior dos chamados "pais das Humanidades", os Pitris. Nesse caso, um conhecimento que transcende a Antropogênese e pertence à Cosmogênese.

 

Continua...

 

 

FONTE: Claim: There are Nazis on the Moon.