De acordo com Demócrito, “os homens acreditam que o branco e o preto, o doce e o amargo, e todas as outras qualidades do gênero, são algo de real, quando na verdade só o que existe é o ente e o nada”. Assim, explica a relação entre os átomos e o vazio. Sua teoria implica que existem diferenças de quantidade entre os átomos e as diversas combinações entre eles são as respostas para a qualidade das coisas.
O filósofo ainda fala sobre a linguagem e sua criação pelos homens. É pioneiro a falar sobre convencionalismo linguístico. Segundo ele, os homens da geração primitiva “pronunciavam palavras desarticuladas e desprovidas de significado, aos poucos passaram a articular as palavras, estabelecendo entre si expressões convencionais para designar cada objeto”.
A questão fundamental também é citada. A vida teria surgido do vórtice atômico, ou seja, os átomos se concentram em corpos sólidos e se compactam. Este fenômeno é mecânico e refere-se a força centrípeta desenvolvida pelo movimento de um grande vórtice que gera o nascimento da vida.
Em suas palavras: “Por essa razão, o Sol e a multidão de astros foram apanhados no vórtice geral; a parte lamacenta e turva, com mescla de elementos úmidos, depositou-se inteiramente em um lugar graças a seu peso e, girando e volvendo-se continuamente sobre si mesma, com o elemento líquido formou o mar”.
Entre suas obras, destacam-se:
- Pequena ordem do mundo
- Da forma
- Do entendimento
- Do bom ânimo
- Pitágoras
- Preceitos
Fontes:
Nicola, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: Das origens à idade moderna. São Paulo: Editora Globo, 2005.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Democrito
https://www.mundodosfilosofos.com.br/democrito2.htm
https://educacao.uol.com.br/biografias/democrito.jhtm